segunda-feira, 23 de maio de 2016

Em Portugal, idosos que continuam a trabalhar superam a média da União Europeia

Em Portugal, dos 2,1 milhões de idosos, 11,3% continuavam ativos em 2015, superando a maioria dos estados-membros da União Europeia, onde a média é de 5,5%. De acordo com o Inquérito ao Emprego do Instituto Nacional de Estatística (INE), ano passado, 208 mil portugueses continuavam a trabalhar depois dos 66 anos, idade prevista para a aposentadoria no país.
Os dados da agência Eurofound (European Foundation for the Improvement of Living and Working Conditions) mostram que a quantidade de pessoas com 50 anos ou mais na União Europeia aumentou de 178 milhões para 190 milhões. A realidade é de um número crescente de idosos sendo apoiado por uma população cada vez menor de trabalhadores mais jovens.

A idade para a aposentadoria em Portugal, desde janeiro deste ano, é de 66 anos e 2 meses, para ambos os sexos, sejam trabalhadores do setor público ou privado. Mas o aumento da idade para se aposentarem deve crescer a cada ano, tendo por base a evolução da expectativa média de vida. Em 2017, a idade será de 66 anos e 3 meses e em 2019, deverá chegar aos 67 anos. Pelas previsões do Instituto Nacional de Estatística, em 2050 um terço da população portuguesa terá 65 ou mais anos.
De acordo com a Eurofound, entre as pessoas com idade entre 65 e 70 anos, Portugal tem a segunda maior taxa de emprego (22%), ficando atrás apenas da Estônia (26%). No país, pessoas com idade acima de 50 anos preferem trabalhar mais horas do que em outros países da Europa, com uma carga horária acima das 45 horas semanais.
A Comissão Europeia lançou, para 2016 e 2017, a campanha “Locais de trabalho seguros e saudáveis”, cujo objetivo é promover o envelhecimento saudável, além de prevenir problemas de saúde ao longo da vida profissional e fornecer aos empregadores e aos trabalhadores meios para gerir a segurança e a saúde no trabalho, levando em conta o envelhecimento da população ativa. Segundo dados da Pordata, base de dados sobre Portugal, a expectativa de vida ao nascer, em 2015, era de 80,2 anos.
Sexta-feira passada (20), em Lisboa, reuniram-se representantes da DaneAge, associação que representa 40 milhões de idosos europeus, e membros da Associação de Aposentados Pensionistas de Reformados ( APRe!), para debater o tema “O futuro não tem idade”. A DaneAge atua em parceria com voluntários e empresas, em projetos de combate à solidão e de manutenção dos empregos para aqueles que não querem se aposentar.
De acordo com o estudo AgeWatch de 2015, que faz o ranking dos melhores países do mundo para se envelhecer, a Suíça ficou em primeiro lugar. Portugal está na 38ª posição e o Brasil, na 56ª. Em 2015, a Suíça tinha 23,6% da população com mais de 60 anos. Portugal tinha 27,1%; e o Brasil, 11,7%.
 
FONTE Agência Brasil de noticias

sábado, 21 de maio de 2016

Centrais vão se reunir para discutir a reforma da Previdência

FONTEO DIA

Rio - Representantes de quatro centrais sindicais (Força Sindical, Nova Central, UGT e CSB) vão se reunir amanhã para formular proposta que será apresentada no dia 30 ao governo Temer sobre a reforma da Previdência. Outros temas da pauta trabalhista também serão tratados pelos sindicalistas
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Depois de se negar a dialogar com o governo interino, segundo a agência Estadão Conteúdo, a CUT já aceita participar da mesa de negociações com as centrais.

 Ligada ao PT, a CUT não reconhece a legitimidade do governo Temer, assim como a CTB, braço sindical do PCdoB. O governo ainda não formulou proposta concreta mas ministros falam na criação de idade mínima de aposentadoria, inclusive para trabalhador que está no mercado
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A mudança no posicionamento ocorreu na última sexta-feira, quando o presidente da CUT, Vagner Freitas, almoçou em um restaurante no bairro da Mooca, na zona leste de São Paulo, com representantes da Força Sindical e da UGT.

“Combinamos com o governo que as quatro centrais fariam proposta mas achamos por bem que todas participem porque não é responsabilidade só nossa. 

O pessoal da CUT disse ‘nós topamos mas precisamos de tempo para discutir com toda a direção’”, disse o secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves, o Juruna.

As demais centrais haviam pedido ao governo uma semana de prazo para tentarem incluir a CUT na formulação da proposta. Segundo Juruna, o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (SD-SP), foi encarregado de falar com o Temer para redefinir o cronograma.

Segundo o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre, que também participou do almoço, o fato de ter aceitado participar da elaboração da proposta que será apresentada a Temer não muda a posição da central em relação ao governo em exercício.


De acordo com ele, a CUT aceitou discutir propostas para a reforma da Previdência de uma forma genérica e não especificamente para serem apresentadas ao presidente em exercício.

Quanto ao Temer, a CUT tem posição muito clara. O governo é ilegítimo e vamos trabalhar para que Dilma reassuma. Não vamos sentar com Temer”, disse Nobre.

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